sexta-feira, 9 de julho de 2010

Governadores pedem R$ 100 milhões para cobrir prejuízos das chuvas em AL e PE

Beto Macário/UOL
Os governadores de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB) e de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) pediram no fim da tarde desta sexta-feira (9) ao governo federal que sejam destinados, no mínimo, R$ 50 milhões para cada Estado para construção de casas destruídas após as chuvas que causaram ao menos 50 mortes no Nordeste no mês passado. 
“Ao governo federal, nós apresentamos um pleito de antecipação de recursos que pode ser em torno de R$ 50 milhões para cada Estado poder produzir estas casas. Tanto em Alagoas como em Pernambuco já desapropriamos as áreas, os terrenos, que não são ribeirinhos. Se isso for aprovado na segunda-feira, a gente já pode até o fim da semana [que vem] estar contratando efetivamente a produção das casas”, afirmou o governador pernambucano.
Antonio Cruz/ABr
Segundo Campos, a primeira etapa dos trabalhos nas áreas afetadas já foi alcançada no que se refere à prestação de assistência imediata de entrega de alimentos, roupas, água potável e medicamentos para as vítimas e fazer a limpeza das áreas atingidas, ruas, casas, hospitais e demais construções. 
“Estamos vivendo o início da segunda etapa que é a etapa da reconstrução efetiva, pela questão do crédito para retomada da economia. Foram designados R$ 1 bilhão para crédito. E na segunda-feira haverá uma reunião no Ministério da Fazenda que vai disciplinar de maneira definitiva como este crédito vai chegar aos municípios”, diz. 
A prioridade dos governadores está na construção de 14 mil casas em Pernambuco e 18 mil em Alagoas para atender os desabrigados que são aqueles estão em alojamentos e abrigos improvisados como escolas e ginásios. 
A primeira parte começa com a construção de 5.000 casas em cada Estado, vinculadas ao programa Minha Casa, Minha Vida. A previsão é que cada casa deva custar cerca de R$ 40 mil, e obra demore em torno de seis meses.
Os dois governos estaduais pretendem assumir os custos da obra para as famílias que recebem de zero a três salários mínimos no prazo de 10 anos. E as famílias que recebem acima de três salários mínimos deverão entrar em um dos financiamentos que a Caixa Econômica já trabalhava. Os governadores elogiaram a atuação do governo pelo fato de que, diferentemente do caso de Santa Catarina, os desabrigados não terão de esperar mais de um ano para voltar a morar em suas próprias casas.
Carlos Madeiro/UOL
“No caso, a verba do governo vai para o Fundo de Emergências, para que o Fundo de Emergências contrate as casas. À medida que a gente entrega as casas, a Caixa Econômica, pelo mecanismo Minha Casa, Minha Vida, que repõe o dinheiro e a gente vai fazendo uma nova casa e as pessoas estão sendo cadastradas”, afirmou Campos.

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